Santa Catarina decidiu proibir a entrada de aves vivas e ovos férteis provenientes de 12 cidades do Rio Grande do Sul. A medida foi anunciada neste domingo (18) em uma nota técnica do governo estadual, após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no município gaúcho de Montenegro. A decisão também se justifica por conta de uma suspeita da doença em Ipumirim, no Oeste catarinense, atualmente sob investigação.
O governo de SC está adotando medidas rigorosas para conter qualquer risco de disseminação da gripe aviária no estado. A entrada dos produtos vindos das cidades gaúchas citadas foi vetada temporariamente como forma de precaução. A ação ocorre em alinhamento com os protocolos do Ministério da Agricultura e com o plano nacional de contingência para Influenza Aviária.
A presidente da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), Celles Regina de Matos, afirmou que os exames nas aves de Ipumirim já foram realizados e que o resultado deve sair até terça-feira (20). Enquanto isso, o estado intensifica ações de defesa sanitária animal, monitorando granjas e orientando os produtores.
As cidades do RS com restrição são: Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo. A proibição vale para ovos férteis e aves vivas dessas localidades, consideradas zona de contenção da doença. Produtos de origem animal de outras regiões continuam liberados.
Segundo o Ministério da Agricultura, desde maio de 2023 o Brasil já investigou quase 3 mil casos suspeitos de gripe aviária. Desses, 166 foram confirmados: 1 em granja comercial, 3 em criações domésticas e 164 em aves silvestres. O consumo de carne de frango e ovos segue seguro, segundo a pasta, pois a doença não é transmitida por esses alimentos.
As autoridades reforçam que o risco de infecção em humanos é baixo, geralmente restrito a pessoas que lidam diretamente com aves doentes. Mesmo assim, medidas preventivas estão sendo ampliadas para garantir a biossegurança nas propriedades rurais catarinenses e evitar prejuízos à cadeia produtiva.